terça-feira, novembro 22, 2005

Você não tem que vencer sempre

As pessoas ultracompetitivas, que precisam vencer sempre, terminam usufruindo menos das coisas. Quando perdem, ficam muito frustadas, e, quando ganham, era isso que esperavam, de qualquer modo. Sobretudo não se harmonozam com o ritmo natural da vida, que é feito de ganhos e perdas.A competitividade pode impedir a satisfação na vida, porque nenhuma realização será suficiente, e os fracassos tornam-se especialmente devastadores. Como as pessoas ultracompetitivas têm um altíssimo nível de exigência, elas não se alegram tanto com seus sucessos, mas se desesperam com os fracassos.

quinta-feira, novembro 03, 2005

Pense...

Se o homem é aquele ente que se apóia pelos seus pés na terra, é todavia o ser ereto que se eleva verticalmente para as diferenciações mentais. À terra, o que é da terra, e que ela exige; mas daí para cima, perpendicularmente, sabendo discenir o que está acima dela, e sempre acima quanto o homem assim o queira, para as maiores diferenciações espirituais de infinita beleza.Pés na terra, sim: mas mente arriba! Aqueles suportam a esta, mas ambos devem estar coligados pela nossa natureza e que não se devem separar.Mas reconheça-se, com lealdade e veracidade, que a parte instintiva é extremamente impositiva e os seres humanos a ela são compelidos a dar satisfação. E, se o não podem fazer, haverá sofrimento que, às vezes, exalta-se em misticismo inumano, ou até desumano, ou despenha-se no desvario da perturbação mental ou do comportamento a-social, ou ainda se entenebrece na via samrrita do vício, da parafilia; quando não se aprende a "escrever certo" nessa matéria, está-se na iminência de praticar "erros de ortografia", na fina expressão de Mestre Afrânio Peixoto.Por outro lado, quando sexo é cultivado apenas como um fim, num imediatismo só de vibração sensual - perdendo-se a oportunidade de o adotar como o meio de alcançar e subir a outros cimos de sublime beleza - chega-se ao estado de desvalorização total do congresso sexual, que termina por enfarar, ao permanecer só da "cintura para baixo".