terça-feira, setembro 20, 2005

A Aventura da Vida


A vida é uma jornada, mas quantas vezes as pessoas pensam nela como algo mais do que uma série de passos através do tempo? Nascemos, crescemos, trabalhamos, casamos e criamos filhos, envelhecemos e morremos. O pico da jornada é atingido em algum tempo mas específico no começo na vida adulta, e daí em diante há um longo declínio.
Para algumas pessoas isso seja tudo - "nascimento, cópula e morte", como diz T.S. Eliot em Sweeney Agonistes. Mas, segundo pensamos e de acordo com nossa experiência, os seres humanos podem crescer e desenvolver durante toda a vida; acredito ser possível fazer essa jornada com esperança e alegria e bem assim que todas as suas fases tem seus próprios desafios e sua própria fascinação.
Achamos que nossa experiência de cada fase e nossa relação a seus respectivos desafios podem desenvolver em novas qualidades que nos capacitem a enfrentar os desafios da fase seguinte e chegar ao fim de nossos dias com um segmento de "plenitude", que é o que Shakspeare indicou quando disse que a "Ceifa é tudo."
(foto por: http://www.morales-mengotti.com/img/VeroY77_17.jpg)

You'll be in my heart
Phil Colins

Come stop your crying
It will be all right
Just take my hand
Hold it tight
I will protect you
from all around you
I will be here
Don´t you cry
For one so small,
you seem so strong
My arms will hold you,
keep you safe and warm
This bond between us
can´t be broken
I will be here
Don´t you cry
´Cause you´ll be in my heart
Yes, you´ll be in my heart
From this day on
Now and forever more
You´ll be in my heart
No matter what they say
You´ll be here in my heart, always
Why can´t they understand
the way we feel
They just don´t trust
what they can´t explain
I know we´re different but,
deep inside us
We´re not that different at all
And you´ll be in my heart
Yes, you´ll be in my heart
From this day on
Now and forever more
Don´t listen to them
´Cause what do they know
We need each other
to have and to hold
They´ll see in time, I know
When destiny calls you
You must be strong
I may not be with you
But you´ve got to hold on
They´ll see in time
I know
We´ll show them together
´Cause you´ll be in my heart
Yes, you´ll be in my heart
From this day on
Now and forever more
Oh, you´ll be in my heart
No matter what they say
You´ll be here in my heart, always
Always


Para ver a letra traduzida clique aqui

sábado, setembro 17, 2005

Racismo



O racismo não é produto de mentes desequilibradas, como ingenuamente se poderia supor; nem existiu sempre, ou existirá sempre, como totalmente se poderia pensar. Os racistas têm naturalmente interesse em definir o racismo como uma característica da "natureza humana"; como a "natureza humana" é imutável, o racismo, por consequência, jamais desaparecerá. O racismo é um dos muitos filhos do capital, com a peculiaridade de ter crescido junto com ele.
Nos países socialistas, que se orgulham de haver liquiddado as formas essenciais da exploração ao homem pelo homem, permanece, enfezado e renitente como uma planta que não se consegue arrancar.
Se poderia argumentar que nos países socialistas - qualquer que seja o seu caminho, a União Soviética, China, Cuba, Vietnã, Argélia, Albânia,... - a competição, que estimula o racismo, não desapareceu de todo. O argumento é verdadeiro, mas não basta. O racismo está depositado no mais fundo da cabeça dos homens - assim como certas sementes que resistem às mais violentas mudanças de temperatura e, subitamente, voltam a brotar. Há nele uma dose de irracionalismo que nenhum sistema social, até hoje, foi capaz de liqüidar. (A antropofagia, que acompanhou a humanidade durante milhares de anos, lembra, nesse aspecto, o racismo. A guerra, que a sociedade continua a usar para resolver determinados problemas, é outro exemplo de instituição persistente e irracional que pode, ingenuamente, ser tomada como própria da "natureza humana").
O exemplo mais escandaloso de racismo foi, contudo, o regime nazi-facista alemão (1933-45). Juntaram-se naquele fantástico caldeirão todos os ingredientes conhecidos dos ódio racial: preconceitos vulgares, velhos de séculos ou recém-fabricados pela propaganda política; prejuízos científicos avaliados por pensadores de ultra-direita; estermínios em massa de criaturas indefesas.
Por volta de 1885, as potências européias já tinham dividido o mundo entre si, como quem divide um bolo. (Naquele ano, por exemplo, a África fora miseravelmente "partilhada" entre elas, sem que um só africano estivesse presente.) Diante do fato consumado, a burguesia alemã estava na situação de quem chegou tarde a festa - só restaram migalhas de bolo sobre a toalha manchada. Virou a mesa. Sua progressiva agressividade percorreu todos os caminhos conhecidos. Desprezo pelos outros, apelo a "raça", à "pureza do sangue", a superioridade dos "mais capazes" - nada foi inventado pelo nazismo, os outros povos europeus já tinham recorrido a tudo isso no passado. A novidade estava no grau e na intensidade, arrastado a humanidade a um conflito cujas cicatrizes não desapareceram ainda.
Há quem prefira ver no episódio nazi-fascista apena so irracional e o absurdo. (Estão em moda, há algum tempo, as explicações sobrenaturais e cósmicas para fatos históricos.) Claro, esses estiveram presentes; digamos, na percentagem de 1%. O nazi-fascismo - como seu cortejo de miséria e de ódio racial - foi uma saída momentânea para o capitalismo alemão. O país se atrasará na corrida colonial; o tempo era de grave crise econômica (a "grande depressão"); é, enfim, a burguesia se sentia irremediavelmente acusado pela classe operária.
Por que o racismo se abateu, em especial como uma avalanche, sobre a cabeça dos judeus? Os judeus eram o único outro disponível na Alemanha: transformaram-se em bodes espiatórios ideiais. Além de serem o outro que se podia agredir, detinham uma parte da riqueza nas suas mãos: tomá-la abria espaço para os empresários "autenticamente aos alemães" e aumentava as verbas do ministério da fazenda. Ajudava também os governantes a provarem seus propósitos "socialistas" (não eram os judeus "exploradores do povo"?).
No filme já clássico, Queimada, de Pontecorvo, há uma cena didática. José Dolores, líder negro da independência do país, vai sendo levado para a forca. Um inglês que ajudará antes - para exterminá-lo depois - vem se despedir e ouve a seguinte lição: "A civilação está com vocês, hem, inglês! Mas até quando?"

quarta-feira, setembro 14, 2005

O Erotismo Neoclássico

A base clássica da alfaiataria masculina moderna teve um efeito duradouro. Exatamnete como as antigas estátuas nuas, os homens gradualmente passaram a ter uma aparência similar; e o desejo de parecer assim. A maior uniformidade no vestir entre os homens que caracteriza os dois últimos séculos, em contraste com a variedade encontrada entre as mulheres, começou nesta mesma época. Era então um outro tributo às virtudes naturais e antigas, representando a irmandade de transparência moral e justeza de caráter, e ainda assim oferecendo paradoxalmente uma maneira de focalizar o individual. Hoje, no começo do século, quando os líderes mundiais se reúnem, todos vestem trajes similares que mostram a vontade uniforme de harmonia internacional, embora cada rosto pareça muito diferente.
Havia ficado claro no início do século XIX que, quando todos os homens usam uma gravata branca e um fraque preto à noite, o caráter individualizado de cada um se tornava mais importante, e não menos; e um efeito curioso (pelo menos na minha opinião) ocorria então nos eventos que misturavam homens e mulheres. Se cada mulher está presente no baile está cuidadosamente vestindo algo diferente, os trajes diferentes são a primeira coisa que você vê no salão, formando uma cena variável; mas conseqüentemente os rostos podem ser os mesmos, como uma boneca que estivesse vestida de muitas maneiras. Entretanto, quando duas mulheres usam o mesmo vestido, a primeira coisa que você percebe é quão diferentes as mulheres parecem!
De fato, o movimento Romântico já estava criando a noção da mulher como uma criatura que podia aparecer sob muitos disfarces, mas que tinha sempre a mesma natureza. A "Mulher" tornou-se uma espécie de força primitiva única, encontrada por homens individuais na fomra de exemplares dramaticamente variados que, não obstante, se acreditava serem apenas superficialmente diferentes, irmãs sob a pele de matizes diferentes. Esta noção foi parcialmente responsável pela divisão marcante, no vestuário do período romântico posterior, entre a solidariedade masculina, no que se diz respeito ao estilo uniforme e ao uso de cores discretas, e a diversidade feminina, com base em grande parte numa policromia vigorosa. As pinturas francesas, de meados do século XIX, de Frith e também de Monet e Manet mostram grupos de damas multicoloridas sobressaindo como variedades de arbustos floridos entre cavalheiros atarracados, de cores discretas, semelhantes a troncos de árvores e com rostos marcantes.
Entretanto, bem no começo do período neoclássico as mulheres obedeceram às regras antigas sobre o uso da cor, e aparecem pela primeira vez em branco clássico, modificado com uso de uns poucos matizes naturais nos xales drapeados e nos turbantes, ou chapéus, sapatos, luvas e sombrinhas. O efeito de toda esta simplicidade natural criada artisticamente era não apenas mostrar devoção a uma pureza de formas antigas mas, obviamente, intensificar o toque erótico já evidente na arte neoclássica e no gosto que tanto extraiu das formas completamente descritas de nu. Junto com a situação política, as maneiras haviam mudado de forma abrupta, e o comportamento grosseiro e a licensiosidade sexual tornaram-se mais observáveis publicamente em ambos os lados do Canal. Na arte, a intensidade erótica era bem representada num estilo linear e de poucas cores, como os trabalhos de Flaxman, Blake, Gillray, Rowlandson, Fuseli e mesmo Goya demonstram. Cores luxuriantes tornam os nus na arte mais belos e mais realistas - mas certamente a ausência de cor pode torná-los mais gráficos.

terça-feira, setembro 13, 2005

A questão da Atitude

Não vou me referir somente às roupas, embora toda importânica a ela deve ser dada. É a nossa segunda pele, é a forma que escolhemos para nos apresentar ao mundo. Mas vou me referir a uma certa atitude da vida.
Modas passam e elegâncias ficam... Pensei hoje ao ler um pedaço de jornal sobre o mundo fashion. Aspectos do estilo parecem intangíveis, mas na definição da nossa imagem são absolutamente cruiciais: a voz, o humor, a inteligência, o caráter, a maneira de seportar e, principalmente, a atitude.
Por favor, não confunda atitude com arrogância: não há nada mais fora de moda e sem estilo. Atitude tem a ver com valorização pessoal, com o desejo e a capacidade de fazer o máximo do que você tem. É um investimento. Faça-o por você porque precisa, e, sobretudo, merece.
Faça pelos outros. Com charme. No mínimo vais ser questão de respeito e delicadeza com os lugares que freqüenta, as pessoas que conhece, o trabalho que faz.
O estilo será a expressão do seu caráter, a sua atitude para ransformar a mesmice e a banalidade da existência em obra original, engraçada, interativa e em constante andamento.
Elegância é adequação!
Só uma imagem consistente, afinada com seus hábitos e personalidade, será capaz de se cristalizar como estilo: o seu, pessoal e absolutamente intramsferível.
Comecemos por buscar este eixo, afinal, quem voce é? Adora ser exuberante nas festas ou prefere a delicadeza das tonalidades discretas? É tímida, mas gostaria de deixar de ser? Tem filhos para pegar na escola hoje à tarde? Ou deverá voltar para casa de madrugada, depois de gravar 12 horas num estúdio? Você malha todos os dias, é fascinada pelo tênis de última geração? Ou prefere linhos e sedas, saltos altíssimos, sensualidade e glamour?
A definição desse personagem é essencial na definição do seu estilo. Aquele adequado a você, um equilíbrio entre o que você é e o que pode ser.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Smile...

Ultimamente estou conversando com muitas pessoas que usam web cam e quase todas não dão nem um sorriso! Saiba que o seu sorriso deixa outras pessoas felizes e também faz você feliz.Se você pudesse fazer uma coisa que deixasse as pessoas felizes, e isso não lhe custasse nem tempo nem dinheiro, você a faria? Se essa mesa coisa também lhe trouxesse felicidade, você a faria? Que coisa mágica é essa que pode alegrar seu dia e o dia das pessoas à sua volta sem lhe custar nada? Simples! Um sorriso... No trânsito, nas lojas, nas filas, nas salas de espera, por onde você andar, semeie sorrisos! Você vai se surpreender ao ver um rosto fechado iluminar-se e abrir-se. E mesmo que não haja retribuição, não se importe: o seu sorriso faz bem a você.Um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia identificou dezenove tipos diferentes de sorrisos, com uma característica em comum: todos eles são capazes de comunicar uma mensagem agradável.Em uma pesquisa realizada com adultos de várias idades descobriu-se haver uma tendência nas pessoas a imitar as expressões daqueles que estão ao seu redor. Em outras palavras, rostos tristes provocam mais rostos tristes, e rostos sorridentes provocam sorrisos e felicidade! SORRIA!

sexta-feira, setembro 09, 2005

Raiva e bem-estar

"Tens sido...Um homem que as desgraças e recompensas da SorteAceitas com igual gratidão... dÁ-me o homemQue não é escravo da paixão, que eu o trareiNo fundo do meu coração, sim, no coração do meu coraçãoComo faço contigo..."Hamlet a seu amigo Horatio


A capacidade de manter o autocontrole, de suportar o turbilhão emocional que o acaso nos impõe e de não se tornar um "escravo da paixão", tem sido considerada, desde Platão, como uma virtude. Na Grécia clássica, esse atributo era denominado sophrosyne, "precaução e inteligência na condução da própria vida; equilíbrio e sabedoria", como interpreta Page DuBois, um estudioso do temperantia, temperança, contenção de excessos. O objetivo é o equilíbrio e não a supressão das emoções: cada sentido tem seu valor e significado. Uma vida sem paixão seria um entendiante deserto de neutralidade, cortado e isolado da riqueza da própria vida. Mas, como observou Aristóteles, o que é necessário é a emoção na dose certa, o sentimento proporcional e circunstância. Quando as emoções são sufocadas, geram embotamentos e frieza; quando escapam aos nossos controles extradas e renitentes, tornam-se patológicas, tal como ocorre na depressão paralisante, na ansiedade que aniquila, na raiva demente e na agitação maníaca.Na verdade, manter sobre controle as emoções que nos afligem é fundamental para o bem-estar; os extremos - emoções que vêm de forma intensa e que permanecem em nós por muito tempo - minam nossa estabilidade. É claro que não devemos sentir um só tipo de emoção: ser feliz o tempo todo de certa forma sugere a insipidez daqueles adesivos com rostos sorridentes que foram moda nos anos 70. Muito pode ser dito sobre o lado construtivo do sofrimento para a vida criada espiritual; o sofrimento fortalece a alma. Os altos e baixos dão tempero à vida, mas precisam ser vividos de forma equilibrada. Na contabilidade do coração, é a proporção entre emoções positivas e negativas que determina a sensação de bem-estar. Não se trata de evitarmos os sentimensot desagradáveis para que fiquemos satisfeitos, mas, antes, de não permitir que sentimentos tempestuosos nos arrebatem, atrapalhando o nosso bem-estar. As pessoas que têm fortes episódios de raiva e depressão conseguem, mesmo assim, obter uma sensação de bem-estar. Meu avô sempre me falou: "raiva alimenta a raiva". Ele sempre conseguiu se segurar. Sempre tive coragem de saber como ele conseguia, mas segundo ele, só descubrimos depois que "o sapato apertado deixa de incomodar e você consegue enxergar que a vida passa rápido e não merece a raiva tomando nosso tempo, que é muito melhor aceitar e procurar ser sereno." Nada disso significa que ele não tem altos e baixos, mas pelo menos, acredito eu, ele consegue superar todas as tristezas somente com a sua própria cabeça.

"_Quem ensinou tudo isso ao senhor, Doutor?A resposta veio prontamente:_O sofrimento"ALBERT CAMUS - A Peste

quinta-feira, setembro 08, 2005

Amantes

A menos que você more num desses encantadores países em que os maridos são encorajados a se envolver com outras mulheres ao invés de ficarem em casa "perdendo tempo" assistindo televisão, a amante é um fruto proibido (sabe-se que a maioria das coisas que são proibidas é mais gostoso). Ela é uma ameaça à estrutura da sociedade organizada, uma destruidora de lares, e uma distração para homens que deveriam estar atentos ao baile corporativo. Ela usa roupas de baixo pretas. Ela toma banhos longos e perfumados. Ela debocha do trabalho doméstico. Ela é temida ou invejada, ou ambas as coisas, por cinqüenta por cento da população casada da América. Ela é ilícita.
É isto, mais do que qualquer outra coisa, que mantém a amante em funcionamento, apesar dos altos custos do processo e do incrível aumento da Taxação Final se o galanteio for seguido de divórcio. (Um processo que o nosso amigo advogado descreve como a decisão sobre quem fica com a custódia do dinheiro.) Se as amantes fossem socialmente aceitáveis, elas perderiam grande parte do seu charme; o sopro do pecado e o medo da descoberta é que aguçam o prazer, tornando a separação um doce sofrimento e permitindo que um homem contemple suas contas do American Express com um sorriso secreto.
Quem é capaz de calcular o desgaste emocional causado pelo ato de se murmurar o nome errado no ouvido errado na hora errada? As tentativas desesperadas para remover os traços de Chanel 5 de um terno que supostamente passou a noite numa conferência de vendas? O arrepio de horror quando alguém que você conhece vagamente vê de relance e acena para vocês dois em um restaurante que "ninguém" vai? A corrida até a caixa de correio para recolher provas incriminadoras antes que elas caiam em mãos erradas? As acrobacias verbais necessárias para encobrir aqueles mortais lapsos verbais? A incrível capacidade criativa para explicar por que você não telefonou para dizer que só ia voltar do escritório às três da manhã?
De fato, esses choques diários de intriga e adrenalina são o pão e o vinho do viciado em amante. Uma mulher é só uma mulher, mas uma amante é um exercício de andar na corda bamba, além de ser fonte de excitação física. A mente adora esta travessura tanto quanto o corpo. O que é bom, porque em termos estritamente financeiros, uma amante custa pouco menos que metade de um iate de quarenta e cinco pés ou um cavalo de corrida.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Brevemente Coffee


Devíamos deixar de tomar café. Ele é muito excitante, suja muito o estômago, o esôfago, a garganta e a boca. É pessimo para os dentes! Além disto, bebido de noite, tira o sono! O café deve ser considerado um grande remédio em casos de síncopes. Agora, nos países em que há quantidade de gelo, como na Rússia, principalmente na Sibéria, eu creio que o café, fizesse bem. O café traz vícios. A maioria das pessoas que tomam café gostam de fumar antes e/ou depois, sem contar que ele próprio é viciante. Eu sou viciado! Me internem! Mas aqui no Brasil, é completamente desnecessário! Tornou-se um vício, muito prejudicial, porque o café excita para, logo depois, trazer cansaço e desânimo. Aconselho, quando tomar café, escovar bem os dentes e gargarejar bem a garganta, para que ele faça o menos mal possível.
(Fotos por: http://www.google.com/url?sa=D&q=http%3A%2F%2Fbluebottlecoffee.blogspot.com%2F)

domingo, setembro 04, 2005

Hamlet

Filosofar... Essa é uma palavra que devemos refletir. Não sei se isso é metalinguagem, mas acredito que não. Filosofia é partir do sólido para o abstrato, refletir seria o inverso. É bem verdade que os dois são raciocínios/pensamentos que distinguem o homem (Homo sapiens sapiens) dos animais; se é que os animais são 'irracionais'! Mas isso seria uma outra conversa, e uma outra filosofia. Ou seria reflexão? Estou meio confuso no que se diz na diferença entre filosofia e reflexão. Concordo com Shakespeare, em Hamlet: " Há mais coisas entre o céu e a terra do que possa julgar a nossa vã filosofia".



Fever
Michael Buble
Never know how much I love you
Never know how much I care
When you put your arms around me
I get a fever that´s so hard to bear
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night.
Sun lights up the daytime
Moon lights up the night
I light up when you call my name
And you know I´m gonna treat you right
You give me fever when you kiss me
Fever when you hold me tight
Fever in the morning
Fever all through the night
Everybody´s got the fever
That is something you all know
Fever isn´t such a new thing
Fever started long ago
Romeo loved Juliet
Juliet she felt the same
When he put his arms around her
He said ´Julie, baby, you´re my flame
Thou giv-est fever when we kisseth
Fever with thy flaming youth
Fever I´m afire
Fever yea I burn for sooth´Captain Smith and Pocahantas
Had a very mad affair
When her daddy tried to kill him
She said ´Daddy, o, don´t you dare
He gives me fever with his kisses
Fever when he holds me tight
Fever, I´m his misses,
Oh daddy, won´t you treat him right
´Now you´ve listened to my story
Here´s the point that I have made
Chicks were born to give you fever
Be it Fahrenheit or centigrade
They give you fever when you kiss them
Fever if you live and learn
Fever till you sizzle
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn
What a lovely way to burn

quinta-feira, setembro 01, 2005

Caricata

Sobre quem eu não sou, talvez não deveria dizer, soubesse que tantas palavras me emudeceram, soubesse que tantas visões me esclarecece.
Quisesse alguém me encontrar, quisesse eu amar, saber inócuo da minha cabeça.
Bem vindo ao meu novo blog.

Parabéns, você não pensou no futuro e virou escritor!

Ao lado do político derrotado, o escritor é o chorão mais falador e inventor da Terra. Ele vê dificuldades e injustiças onde quer que olhe. Seu agente não o ama (suficientemente). A folha de papel em branco é uma inimiga. O editor é um pão-duro. O crítico é um filisteu. O público não o compreende. Sua mulher não o compreende. O barman não o compreende. Estas são apenas umas das queixas mais comuns dos escritores, mas eu ainda estou para ouvir um deles expressar a queixa mais importante de todas: a despesa terrível e sem fim que se tem para pôr as palavras para fora.Isto pode ser uma surpresa para vocês que imaginam que equipamento de um escritor limita-se a papel, lápis e uma garrafa de uísque, e talvez um palitó de tweed para as entrevistas. Mas é muito mais do que isso! O problema que dá origem a todos os outros problemas é que escrever leva tempo e que este tempo poderia ser gasto ganhando a vida. O trabalhador mais humilde do Wall Street ganha mais em um mês do que 90% dos escritores que os escritores ganham em um ano. Um mendigo, ao ver um escritor arrastando os pés na sua direção, é capaz de enfiar a mão no bolso esfarrapado para ver se tem um centavo para lhe dar. O encarregado do empréstimo do banco se ensconde atrás da mesa para não ter que tornar a dizer não para a figura desesperada, de olhos esbugalhados, à procura de algo que o mantenha até ele terminar o grande romance. Ele sabe que o homem de letras não é um bom negócio de risco. "Escritores" e "dinheiro", assim como "inteligência militar", não são palavras que combinem. De vez em quando, evidentemente, erros são cometidos. Um dinheiro em enviado para financiar alguma missão séria e valiosa se desvia no meio do caminho e vai parar no bolso de um escritor. A sua estada ali é curta; não, como qualquer escritor poderá dizer-lhe, devido a alguma extravagância, mas por causa das exigências da profissão. A primeira delas é a nessecidade de paz, o que não é fácil encontrar hoje-em-dia. A vida na cidade pertuba a concentração. O fantasma tradicional do escritor urbano, a mansarda, tornou-se insurportável; o senhorio está sempre batendo na porta atrás dos seus R$ 2000 por mês, e nos breves momentos entre suas visitas, as baratas fazem um barulho horrível nas tábuas nuas no chão, a torneira que pinga ofende o cérebro, e a ventania que sacode o papel pardo enfiado na janela quebrada faz os dentes baterem. Emigrar para o campo é a única solução. Vejam o que isto fez a Thoreau. Mas não se pode ser uma velha cabana isolada de tudo e de todos. Isto é paz demais. De fato, tanta paz assim é capaz de fazer com que uma pessoa corra para a floresta atrás de uma árvore como quem possa conversar. É muito bom ter paz desde que você tenha um lugar para ir depois de terminar o trabalho, um lugar onde possa encontrar um ouvido simpático para se queixar. E que ouvido pode ser melhor, mais simpático, do que o de outro escritor? Ele sabe como tudo é difícil, ele o compreende.Foi assim que surgiram as colônias de escritores. É inevitavelmente que se estabeleceram, elas também atraíram agente, editores e donos de restaurantes rústicos, bem como corretores de imóveis. A paz e a vida simples do campo aos poucos desaparecem. O bar local florece como mato e começa a servir drinks complicados, e o lugar vira um inferno. É hora de se mudar de novo. Mas não podemos deixar que estes problemas domésticos interfiram com o ato de criação; Deus sabe que existem interferências demais.Vejamos, por exemploi, a questão da pesquisa. Para quem está de fora isto provavelmente sugere algumas horas na biblioteca ou meia dúzia de telefonemas, e talvez antigamente fosse somente isso mesmo. Hoje, no entanto, espera-se - mas que isto, exige-se - que os escritores produzam um trabalho autêntico nos mínimos detalhes. A imaginação e alguns detalhes de cor local não são suficientes; o leitor tem que saber que o escritor esteve lá e fez tudo aquilo. Experiência pessoaldireta é o que importa, e não tente enganar aquele jovem editor esperto com menos do que isto. Você vai escrever um romance de amor e morte passado na fronteira da Bolívia? Maravilhoso! Vá para lá. Volte daqui a 6 meses e não se esqueça de tomar suas vacinas contra cólera e fazer um seguro de saúde.O escritos às voltas com pesquisas podewm ser freqüentemente encontrado num dos cantos mais perigosso e desconfortáveis do mundo (por algum motivo, provavbelmente custos, pouquissimas pesquisas são realizadas no Ritzou ou em Palm Springs.) Em Beirute, na Nicarágua, nos vapores do Hong kong e no forno do interior da Austrália, você poderá encontrá-lo, obsorvendo a atmosfera curvando sobre seu bloco. Mas se você olhar por cima do ombro dele esperando vee a frase bem elaborada ou a observação reveladora, poderá ficar desapontado. O pobre infeliz é capaz de estar fazendo suas contas para ver se seu adiantamento que recebeu vai dar para um prato de feijão ou uma cerveja.Após alguns meses desta vida e um breve mas caro check-up no hospital de doenças exóticas, ele está tecnicamente pronto para começar o trabalho. A resma de papel em branco espera por ele. Os lápis estão apontados. Uma saga de proporções épicas, a matéris de que são feitas os prêmios Pulitzer, gira em sua cabeça.Mas será que ele consegue tirar aquela maldita história da cabeça e colocar no papel? Ele anda de um lado para o outro. Olha pela janela (escritores costumam passar um bocado de tempo examinando o clima) e controla a movimentação de uma mosca na parede. Finalmente, ele identifica o problema como sendo um caso grave do bloqueio de escritor. (Ou, segundo Arnold Glasgow, paralisia de escritor: "uma doença que ataca alguns romancistas entre as orelhas.") As palavras ainda não estão prontas para sair. Necessita-se de algum catalizador, algo que dê início ao processo, e você pode ter certeza de que qualquer que seja o catalizador, o escritor não irá encontrá-lo no aposento em que se encontra.São diversos e muitos variados os tipos de cura para o bloqueio do escritor e geralmente envolvem dívidas e problemas. Mulheres e bebidas são os preferidos, mas muitos escritores, criaturas engenhosas e criativas resistem à solução de procurar mulheres e bebidas locais. Eles também querem uma mudança de ambiente, de preferência de alguns de farra em NY ou Paris, sorvendo a vida até a última gota até que seus cartões de crédito sejam cancelados. É o que Hemimgway descreveu como sendo "a irresponsabilidade que vêm após a terrível responsabilidade de escrever." Exceto que, neste caso, nada foi escrito ainda. Mas será, será!E para ajudar, agora que a pesquisa foi feita o bloqueio foi (assim esperamos) desbloqueado, é hora para apelar para a moderna tecnologia para que a torrente de palavras possa fluir o mais rápido possível. Aqueles lápis primitivos não servem mais, devem ser substituídos pelo que há de mais moderno em termos de computadores desktop, completando com um pacote de software. Vale a pena até ficar na espreita do encaregado do empréstimo do banco para isso, pode-se conseguir avançar muito em termos de produtividade e tudo por uns míseros milhares de dólares. Finalmente! As palavras estão começando a sair e já não eram sem tempo, porque o espectro do prazo se tornou um companheiro constante, e aqueles telefones do editor que costumavam ser tão amáveis agora parecem mais um ultimato. Há uma ameaça velada de que se o manuscrito não for entregue, o adiantamento (já gasto há muito tempo) terá que ser devolvido.Isto provoca uma cadeia de acontecimentos e emoções familiares a todos os escritores. Começa com o pânico, quando ele percebe que tanto o prazo quanto as desculpas estão esgotados. Ao pânico segue-se uma sensação de euforia, à medida que as folhas vão se multiplicando de forma promissora - no mínimo um best-seller, e possivelmente um filme também. Depois da euforia vem o alívio, quando o manuscritó é entregue. O alívio é seguido de um anticlímax quando nada acontece - e não acontecerá antes de pelo menos seis meses. E o anticlímax é seguido de doses maciças de dúvida e consolo.O período entre terminar o manuscrito e ver o livro é desanimador. ninguém telefona mais. É cedo demais para as provas. É cedo demias para as revisões. É tarde demais para muar alguma coisa. O trabalho desapareceu e a depressão pós-partopode se instalar a menos que o sistema de recompensa do escritor seja ativado para ajudá-lo a atravessar os meses de limbo.Pode ser mais um mergulho na extravagância, uma viagem (desta vez sem o bloco de anotações), um novo hobby, uma velha chama, uma segunda lua-de-mel. Seja o que for, sem dúvida envolverá outra visita aos setores de empréstimos, porque nenhum consolo que valha a pena custa barato. Mas pelo menos há esperanças de se tornar um sucesso literário em pouco tempo.Ocasionalmente, com freqëncia suficiente para encorajar o otimismo, isto acontece, e nós vemos um autor best-seller brincando com um Havana de quinze centímetros enquanto espera o caminhão chegar com os seus dividendos. Mas as chances são poucas. A maioria dos escritores não tem tanta sorte. Para eles não resta mais nada a fazer a não ser tentar de novo. Ou arranjar um emprego, pagar as contas, viver uma vida regular e se comportar como um membro responsável da sociedade.Eu não sei como os outros escritores se sentem, mas eu preferiria viver precariamente no meu próprio escritório do que confortavelmente no escritório de outra pessoa. O meu poder de concentração em reuniões é atrofiado. usar gravata me causa brotoejas. A rotina do trabalho burocrático me dá claustrofobia e tenho um profundo horror a pastas de executivo, com tudo o que isto implica. A sedução do trabalho solitário, a qualquer custo, é irresistível. Trata-se de um hábito ou de uma doença? Não estou certo. Mas sei que a vida de escritor e de cinamatografia é a que serve pra mim. Essa segunda opção também nada gratificante...Por favor, envie o cheque pelo correio.