sexta-feira, dezembro 29, 2006

O Amargo Sentido do Adeus!

O conceito de morte, tradicionalmente aceito, constituiu-se por muito tempo na certeza da cessação total e permanente de todas as funções vitais. Hoje a tendência é aceitar-se a morte encefálica, traduzida como aquela que compromete irreversivelmente a vida de relação e a coordenação da vida vegetativa, diferente, pois, da morte cerebral ou cortical, que compromete apenas a vida de relação.
Mesmo assim, é difícil precisar o exato momento da morte porque ela não é um fato instantâneo, e sim uma seqüência de fenômenos gradativamente processados nos vários órgãos e sistemas de manutenção da vida. Daí vêm o meu maior medo, que acredito ser o da maioria: sentir dor física na hora da morte.
Hoje, com os novos meios semiológicos e instrumentais disponíveis podem-se tecnicamente determiná-la mais precocemente; o que não acho muito bom, afinal, se não conseguimos suportar muito a idéia da morte, pra que ficar sabendo mais cedo quando morreremos?
Os fundamentos éticos de um rigoroso conceito de morte nos levam a respeitar, entre outros, um determinado espaço de tempo, dentro de uma criteriosa margem de segurança. Por isso, não podemos esquecer as palavras de Vega Diaz : "Um segundo pode ser a unidade de tempo que faça de um sujeito vivo um cadáver, mas também pode fazer da morte um homicídio".
Atualmente, a tendência é dar-se privilégio à avaliação da atividade cerebral e ao estado de descerebração ultrapassada como indicativo de morte real. Será que basta apenas a observação do traçado isoelétrico do cérebro para se concluir pelo estado de morte? Acredito que não.
A morte, como elemento definidor do fim da pessoa, não pode ser explicada pela parada ou falência de um único órgão, por mais hierarquizado e indispensável que seja. É na extinção do complexo pessoal, representado por um conjunto, que não era constituído só de estruturas e funções, mas de uma representação inteira. O que morre é o conjunto que se associava para a integração de uma personalidade. Daí a necessidade de não se admitir em um único sistema o plano definidor da morte.
A morte possui um status quo que reforça as raízes culturais da relação homem com o corpo. No que diz respeito a essa cultura, o homem sempre abominou a morte, de forma que sempre a repelirá de seus pensamentos. Pensar na morte é se angustiar com o desconhecido, é angustiar-se com a possibilidade de respirar o último suspiro da vida sem ter saciado todos os desejos. Se uma pessoa se considera completa, considera que já saciou todos os seus desejos, então não deveria ter medo ou qualquer repulsão da morte. Pensando por esse lado, a morte nos ensina que sempre devemos correr atrás dos nossos sonhos, arriscar conscientemente e viver cada minuto já que a vida é curta e não temos tempo pra ficar perdendo com o que não nos traz felicidade. Corremos atrás da realização completa, para que nossa morte seja razoavelmente tranqüila e menos dolorosa (quando falo em dor, está incluída a dor psicológica de que estamos morrendo).
A morte é a única certeza que iguala todos os homens, todas as etnias, mas, se por lado ela iguala, por outro lado ela angustia e isola o homem de seus semelhantes.

Voltando às origens!

Hoje estava (ainda está por sinal) monótono... Decidi colorir!
A Primeira obra foi o Pato Donald:

Colori fraco porque não estava irritado com a monotonia. Estava zen!

Segunda obra:

Nessa hora já estava irritado com o orkut que continuava em manutenção e com as lembranças do meu amor que me faz tanta falta! Também tinha começado a pensar na raiva que eu tô de mim mesmo por não ter visto minha família de BH. Bem, pelo menos passou. Voltei a ficar zen!

=D

Estruturação

Para refletir...

"Foi numa manhã comum, como qualquer outra, que abri o jornal e li a manchete: “Descoberta da cura da aids!”. A princípio, fiquei deslocado na cama como se a terra tivesse saído do lugar e meu quarto estivesse mais à esquerda que de costume.
Fiquei parado um tempo sem saber qual deveria ser o primeiro ato de uma pessoa de novo condenada a viver. Primeiro certificar-se. Telefonei para o meu médico.Realmente a notícia era sólida, e o próprio Bush estava dando declarações na TV americana, assumindo a veracidade do fato: dez pacientes em estado avançado da doença haviam tomado o CD2 e não apresentavam nenhum sinal ou sintoma da presença do vírus em seu organismo. Um eficiente viricida fora descoberto.
As outras notícias seguiam o mesmo curso. O laboratório do CD2 tivera uma espetacular alta na bolsa de Nova Iorque. Na França, o Instituto Pasteur dizia que outra coincidência acompanhava os caprichos da ciência. Ali, também o SD2 estava no forno para ser anunciado.
Telefonei para o meu analista, dei a notícia sobre a cura da aids e decidi que só iria enfrentar a felicidade nas próximas sessões. Afinal, eu havia me preparado tanto para a morte que a vida agora era um problema.
Ao meu lado Maria ainda dormia e não sabia que nossa vida havia mudado. Casados há 21 anos, os últimos tinham sido um tempo de tensão a cada gripe, mancha na pele, febre sem explicação. O amor que havíamos feito tanto tempo, e que havia sido interrompido pelo medo do contágio, dos descuidos, do imponderável, estava agora ao alcance da vida comum – num milagre, apesar de meus 56 anos, como costuma insistir um certo jornal paulista.
Pensei comigo mesmo, camisinhas nunca mais?. Maria dormia, ainda não sabia da novidade. Ela agora poderia ser viúva de outras causas mais banais, mais correntes, mas normais. Ela não mais seria a viúva da aids. Grandes avanços. Tinha os filhos para avisar. Não mais seriam órfãos da aids, o pai agora tinha algo de imortal, ou melhor, podia morrer como todos os mortais.
A TV continuava a mostrar cenas incríveis em Nova Iorque, e o meu telefone já começava a tocar. Afinal, eu havida sido, durante quase dez anos, o entrevistado perfeito para o caso da aids: era hemofílico, contaminado e sociólogo. Podia desempenhar três papéis num só tempo e numa só pessoa. Eu era uma espécie de trindade aidética! Iam querer saber o que eu sentia, o que faria, meus primeiros atos, minhas emoções, minhas reações diante da vida e da normalidade. Imaginava as perguntas. “Como você se sente agora que é de novo um ser normal? O que vai fazer agora de sua vida? O que efetivamente mudou na sua vida? O que você aprendeu com a aids? Você continua a ter raiva do governo?” Cheguei a pensar, como Chico Buarque, que daria minha primeira entrevista ao Jô Soares. Afinal, falaria da vida tomando cerveja!
Ainda na cama, onde de manhã gosto de ficar, tive saudades do Henfil e do Chico e, em meio à alegria que já me contagiava, chorei. Por que haviam sofrido tanto e morrido tão fora de hora? Quanto sofrimento, quanta dor inútil que as palavras não descrevem. O olhar parado de quem expira. A máscara terrível de quem morre da peste do século. O abandono sem remédio. A fatalidade que nem a morte enterra.Por que haviam logo eles morrido, se eram meus irmãos, a quem telefonava com o hábito de quem acredita poder fazer isso por séculos e séculos seguidos? De repente, ninguém do outro lado da linha. Números riscados numa agenda sem remédio. Ainda a lembrança do Chico, no enterro do Henfil, dizendo para mim entre espanto e humor: “Hoje é o Henfil, amanhã serei eu e você irá daqui a três anos... bem, digamos cinco!”.
E hoje estou eu aqui passados quatro anos, quase cinco, lendo essa notícia, e eles todos mortos antes do tempo. Não há remédio para a morte de meus irmãos, que são tantos.
De repente me dou conta de que houve realmente remédio para a aids. É hora de levantar, atender os telefonemas, reunir o pessoal da Abia, festejar com o pessoal do Ibase, abrir um champanhe ou uma cerveja. Telefonar para saber onde estava o tal remédio, como comprá-lo, qual o preço, o prazo da chegada. Estaria disponível quando, a que preço? Quem poderia comprá-lo?
O mais importante, no entanto, acontecia no paralelo. Amigos e amigas, de quem não suspeitava, me chamavam para dizer que eles também eram soropositivos, agora que havia cura. Outros me davam abraços pelo telefone e comunicavam que estavam indo diretamente a centros de saúde para fazer o teste, agora que havia cura. Outros e outras diziam que suas vidas sexuais eram um caos, mas que agora valia a pena encarar e se cuidar, porque agora havia cura. Alguns outros me chamavam para dizer que iriam começar o tratamento e o controle e a pensar na vida, porque agora havia cura. E finalmente outros me diziam que agora podiam revelar à imprensa sua condição de soropositivos para servir de exemplo a outros, agora que havia cura.
De repente me dei conta de que tudo havia mudado porque havia a idéia e o anúncio da cura. Que a idéia da morte inevitável paralisa. Que a idéia da vida mobiliza... mesmo que a morte seja inevitável, como todos sabemos. Acordar pensando que se vai morrer, no lugar da vida, é a própria morte instalada.
De repente me dei conta de que a cura da aids sempre havia existido, como possibilidade, antes mesmo de existir como anúncio do fato acontecido, e que o seu nome era vida.
Foi de repente, como tudo acontece."

Texto publicado no Jornal do Brasil, em janeiro de 1992. Republicado em www.conversascombetinho.org.br

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Fragmento de Filosofia Perdida


Prefiro ser feliz e doente do que ser saudável e triste.
Prefiro ser feliz e pobre do que rico e triste.
Prefiro ser feliz e solteiro do que casado e triste.
Enfim, a felicidade é a coisa mais importante da vida! O que adianta as outras coisas se você não é feliz.
Por fim...
Prefiro ser saudável, rico, casado e feliz do que triste!

quarta-feira, dezembro 27, 2006

domingo, dezembro 17, 2006

Ambição Masculina

Ri muito enquanto lia a matéria “Enlarge your Pênis!” de Antonio Prata, na edição da Revista Piauí. O mais engraçado foi que ontem entraram num assunto parecido com esse comigo ontem a noite no MSN...
Prata faz uma comparação muito divertida e interessante do personagem de Woody Allen – Alvy Singer – em Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, com a ambição masculina por um grande ‘membro’. As maiores e mais esdrúxulas peripécias são inventadas pela insatisfação masculina com o que mais mostram quando estão pelados.
Pesquisas explodem com índices assustadores e o mais interessante, é que essa vontade insaciável de ter um pinto grande não existe na tentativa de melhor ou mais satisfazerem as mulheres, mas sim, para ficarem à vontade em vestiários! Meu Deus! Carmita Abdo, psiquiatra e fundadora do Projeto Sexualidade (ProSex), diz que arregaça as mangas na tentativa de dissuadir homens crédulos em métodos capazes de fazer um Alvy Singer se tornar um Long Dong Silver! Isso tudo, deve-se à enxurrada de spams “Enlarge your pênis!”, “Gain 2 inches!”, “Aumente seu pênis já!”.
Curiosidade: ao digitar “aumento de pênis” no Google, o cidadão desesperado encontra 187 mil resultados. Se, em português, “aumento de pênis” tem 187 mil ocorrências, contra 87 mil de “Paz na Terra” e 18,800 de “Como ficar rico”, é sinal de que a preocupação com o tamanho do pênis realmente tem um lugar destaque no âmbito masculino.
A reportagem cita até o caso de um paciente que, depois de algumas cirurgias mal sucedidas, foi levado à um consultório pela própria mulher, empenhada em convencê-lo de que estava satisfeita com seu pênis. Não conseguiu. O paciente foi a Miami para mais uma cirurgia e, infeliz com os resultados, acabou se suicidando.
Frente à ambição masculina em exibir um pênis grande nos vestiários, sou tomado a pensar qual será o poder que os pênis grandes exercem sobre os homens. Questionamento: Será que os mais bem dotados seriam mais agressivos, seguros e decididos, e por isso, melhor sucedidos? Diretores de multinacionais, presidentes de países, esportistas vitoriosos se encontram entre os 15% dos homens que têm pênis maiores do que 18 cm? Estariam George Bush, Bill Gates e Ronaldinho entre os 0,001% dos homens com mais de 25 cm?É de se pensar....
Eu, como homem, nunca tive preocupação com isso. Não tenho problemas com o meu e achava que essa conversa era brincadeira, mas só hoje, lendo a reportagem que vi que não é historinha. Será que sou o único que não tem essa ambição?

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Namoro

Estava eu filosofando com o vento hoje quando me deparei em algumas perguntas. Não falarei das perguntas, mas direi as respostas que tive.
Primeiro consegui esta informação no site wikipédia:

"O namoro é uma instituição de relacionamento interpessoal moderna, que tem como função a experimentação sentimental e/ou sexual entre duas pessoas através da troca de conhecimentos e uma vivência com um grau de comprometimento inferior à do matrimônio. A grande maioria utiliza o namoro como pré-condição para o estabelecimento de um noivado ou casamento.
Com a evolução da tecnologia, já é comum encontrar casos de pessoas cujo namoro se dá através das modernas formas de telecomunicação, como o telefone ou a internet. Assim, sendo, casais podem namorar apesar de estarem em países ou continentes distintos."


Depois comecei a escrever para organizar as idéias:

O namoro é uma forma de convivência, onde duas pessoas que se gostam passam bastante tempo juntas, o que não quer dizer que passem TODO o tempo juntas, até porque isso desgasta o relacionamento. Não existe idade certa para começar a namorar, porque as pessoas são diferentes umas das outras e cada uma sente o momento certo para iniciar esta experiência. As razões para namorar podem ser diversas: amor, atração física, companheirismo, curiosidade, afinidades diversas, etc... Ou todas juntas! Mas o fato é que, uma vez iniciado o namoro, surge uma boa oportunidade para conhecer melhor o outro, para fazer a descoberta do verdadeiro outro. Durante o tempo de namoro, o amor se desenvolve e se aperfeiçoa.
Todos nós temos “duas facetas” de nosso ser. Uma é nosso o jeito que nos vestimos, o como parecemos. A nossa outra "faceta”, é o como somos, “de verdade”, o nosso “por dentro" (nosso interior), que poucas pessoas conhecem ou enxergam e que não muda quando trocamos de roupa.É exatamente durante o namoro ou em uma amizade profunda e real que temos a oportunidade de conhecer o outro e de nos dar a conhecer “por dentro”.
Vocês podem se dar conta que para se conhecer o outro “por dentro”, é necessário tempo e esforço, não havendo possibilidade de enganos, pois o relacionamento entre duas pessoas que se querem bem não pode se basear em dados falsos, sob pena de se tornar um relacionamento mentiroso, que não dura muito tempo, pois “a mentira tem pernas curtas”. Tempo para conhecer o outro com profundidade (pode vir a se tornar o pai/mãe de meus filhos!!) e esforço de se dar a conhecer (às vezes não gostamos do modo como somos!!) , sem querer parecer melhor ou pior do que se é.
Fazemos muitas escolhas na nossa vida: nossa escola, nossos amigos, nossa profissão... nosso(a) companheiro(a)! Essa última é, talvez a mais importante escolha que fazemos. Por esse motivo, deve ser uma escolha muito bem pensada, amadurecida, pois dela vai depender a nossa felicidade futura. Quem faz do amor um passatempo, descobre que com o tempo, passa o amor!
Duas pessoas livres e racionais somente deveriam chegar ao cume de seu relacionamento quando, ao terem a certeza de que "este é o único(a)".
Todos sabemos que hoje em dia os adolescentes amadurecem mais cedo -do ponto de vista biológico- do que antes. Por exemplo, os jovens de hoje são mais altos do que os seus pais e estes mais do que os avós. As meninas tornam-se “mocinhas” (têm a primeira menstruação) mais cedo. Vocês sabiam que no fim do século passado (imaginem, 100 anos atrás!) as meninas na Noruega se tornavam “mocinhas” em média aos 17 anos de idade? Não se sabe com que idade as mocinhas no Brasil tiveram a sua primeira menstruação naquela época, pois não há registros disponíveis, mas hoje em dia sabe-se que a média é de 12 anos a 12 anos e meio! É lógico que a “cabeça” das mocinhas norueguesas no século passado, aos 17 anos, provavelmente também era mais madura para tomar decisões importantes na sua vida, do que a cabeça das mocinhas brasileiras aos 12 anos. Bem, mais isso já é uma outra conversa para um outro texto.
O que importa agora é que eu sei o que fazer!

quarta-feira, novembro 22, 2006

A talvez feliz história do perecível

A todo o instante pergunto-me quanto tempo às coisas podem durar, creio que seja uma necessidade humana estabelecer um prazo de validade para o aglomerado de coisas a nossa volta, desde alimentos até relações. Após muitas reflexões desvairas conclui que todas as coisas deviam ser tradas como produtos, isto é, seria tão prático se ao conhecer algo novo você soubesse o quanto aquele fascínio poderia durar e qual seria o preço a pagar, até porque nessa nossa bolha de valores e sentimentos frustrados tudo tem um custo.
Exijimos o constante do perecível, desejamos a eternidade em sua plena forma, porém nunca tomamos consciência do quão assustadora é a vida sem anestesia, precisamos sempre de um consolo que ocupe o desamor, um certo tipo de coisa que tenha a capacidade de maquiar as marcas de nossos fracassos e que de alguma forma nos faça acreditar que o dia de manhã será mais colorido e cheiroso... Pura ilusão!
Definitivamente todas as pessoas irritam-me a extremos, estou cansado de conversinhas agradáveis e de confabulações ordinárias, tenho conhecimento de seria o fim dos tempos tornar-me totalmente anti-social, mas devo dizer que é uma idéia interessantíssima. Poses e submundos são anestésicos infalíveis para qualquer tipo de problema, a partir do instante em que você começa a notar no quão sublime é o simples fato do coração ainda bater num peito vasto de ilusões, tudo toma outro sentido, um sabor mais ardente e visceral, entretanto a realidade ainda é para poucos.
O tempo é categoricamente indivisível, ainda assim inventamos mil e um meios de afastar este terror de nossa consciência, não pensamos no futuro e tentamos ao máximo “aproveitar a ocasião”, por vezes esquecemos do reflexo de cada atitude. Desejamos mergulhar em alguns instantes e apagar tantos outros; ouso ainda afirmar que qualquer felicidade tem seu prazo de duração estipulado; é necessario manter a incoerência emocional. Creio sinceramente que “dar tempo ao tempo” seja uma atividade um tanto quanto chata. Pessoas nas ruas são velozes demais, amam e desamam com uma facilidade inacreditável, sinto que preciso absorver mais deste mundo eletricamente carregado e densamente extremado.
Não desejo a eternidade - muito menos que “seja eterno enquanto dure”, até porque poesia funciona bem nos livros e ilustra todos aqueles romances ordinários que nos põem a fantasiar - quero apenas o melhor. Arrisquei e sei que isto é grave.

domingo, novembro 19, 2006

Blasfemias do Meu Eu-Lírico Mútuo

Agora pouco entrando num fórum de internet me deparei com o tópico "Coisas que se deve fazer antes de morer" e com as inúmeras listas de coisas que as pessoas diziam querer fazer para falecerem completas.
Observei as respostas atentamente, e alguns instantes depois percebi que tudo escrito ali era tão real e fácil que poderia ter sido realizado agora, mas que eles sem perceberem almejam para o último dia de suas vidas, como se o momento de nossa partida fosse com aviso prévio e com tempo de sobra para nos arrependermos de nossos pecados e dizer o quanto amamos quem nos cerca.
Refleti um segundo, pensei no que gostaria de ter feito, no que fiz, e no que tenho que fazer durante minha vida.
Percebi que tenho o agora em minhas mãos, a benção de todos os sentidos possíveis no meu corpo, e a energia de simplesmente levantar da cadeira e fazer o que deve ser feito.
Agora sei que quando minha vida acabar eu não vou querer que todos saibam o quanto os amei, não vou ter desejado escrever um livro para ser eterno nas palavras, e não vou me arrepender de não ter feito algo, mas sim vou lutar para fazer tudo o que consigo agora, transformar meu tempo que eu julgava vago, em atividades que me engrandesam e dizer diariamente não apenas com palavras, mas com ações o quanto desejo cada um que habita em minha vida.
Não vejo motivo para chorar, é tudo tão lindo e maravilhoso lá fora que qualquer tristeza que me cerca parece banal se comparada a alegria da natureza.
Tenho meus movimentos, meus pensamentos, meu raciocínio e sei muito bem que todas reações terão suas consequências. Vivi pouco, mas acho que no final de tudo estou pronto para morrer se essa fosse - ou quem sabe for- a hora do meu adeus.
Gostaria de ter fillhos, conhecer mais pessoas, ler mais, amar mais, chorar mais, e conhecer mais dores, mas também tenho consciência de que todo pouco que fiz foi o suficiente para minha existência pacata.
Provei o amor verdadeiro, passageiro, a paixão avassaladora, o ódio gritante, as lágrimas inquietas, as letras pulsantes, a música, as artes cênicas, as sensações, os prazeres, as dores, os olhares, o medo, a culpa, a vingança, o arrependimento, o remorso, a decepção, a traição, a família, os amigos, os amores, e tudo foi incrivelmente delicioso em algumas partes e aparentemente insuportável em outras.
Tudo valeu a pena, tudo sempre vale a pena, e as horas nada mais são do que lembretes insaciáveis de que o tempo passa e leva tudo que conquistamos junto com seus ventos.
Não estou prevendo minha morte, e se ela ocorrer amanhã não digam que eu sentia que ela estava vindo me visitar, porque eu não sinto nada. Talvez isso pareça um texto suicida, com palavras de despedidas ridículas de quem está perto do fim e filosofias tão baratas que parecem de uma vida boa que iludi ter, para fingir que tudo que passei na terra foi bom e que nada acabou sendo por acaso. Mas não é esse o objetivo, ou talvez sabe-se lá quem possa ser, mas o porém é que não existe porque esperar uma provável tentativa de suicídio para escrever cartas bonitas e melancólicas sobre o que foi minha vida, tenho o poder de escrevê-la agora, de compartilhá-la com os outros agora, de me despedir dos outros agora.
Porque, afinal, é tudo isso que é a minha e a nossa existência, despedidas intermináveis, funerais incompreendidos e uma busca pelo amor quase que insaciável, vivo preenchendo as páginas de minha vida e as vezes acabo me centrando tanto na página que estou escrevendo que esqueço que o espaço é curto e que a folha já está gasta, por isso decidi escrever todas as minhas linhas como se fossem últimas, porque mesmo que elas não terminem o livro da minha existência, vão terminar os parágrafos do meu agora, e sempre serão simplesmente aquilo que nasceram para se tornar: finalizadas.
Talvez isso seja felicidade.
Poder ser que esse sentimento de expectativas e esperança me torne realmente uma pessoa completa.
Não sinto uma alegria insuportável explodindo meu coração, mas mesmo assim um vento de oportunidades me mostra que procurei demais por algo, que na verdade não era para ser encontrado.
Escuto o dia, sinto a sombra do sol, e um conformismo em meu coração que há algum tempo estava desaparecido.
É como se hoje fosse o primeiro dia de muitos melhores que não cessarão até minha morte.
Nem sei o que escrever. Tento, mas explicar esse calor em meu corpo não é algo muito fácil para mim, do memso jeito que tento espantar esse sono que quer levar minha alegria com ele, e me fazer acordar com todos meus sentimentos depressivos banais, vindos de uma vida marravilhosa, mas insuportável em dias opostos.
Cansei!!
As palavra não me entendem e as frases não me preenchem.
Vou me levantar para o nascer do sol do sorriso, e aproveitar o máximo possível dos seus raios, porque mesmo no verão a tempestade insiste em banhar com depressão as ruas, e mesmo no inverno o dia amanhece, soluçando novidade e transbordando esperança.

sexta-feira, novembro 17, 2006

Meu pequeno triunfo

Meu mouse (que ainda é aquele com uma bolinha dentro, velha guarda) começou a agir por conta própria e tomei a decisão de, pela primeira vez na vida, abrí-lo para uma limpeza mais profunda.
Aviso: NÃO TENTEM FAZER ISTO EM CASA!
Após retirar o parafuso com uma chave-de-fenda - obrigado, mamãe, agora não preciso ficar usando facas de manteiga e cabos de colherzinha - o bicho desmontou-se totalmente em minhas mãos. Entre as peças, duas minúsculas molinhas, que me deram uma surra durante 2 horas tentando descobrir de onde vieram.
A maioria das pessoas normais teria simplesmente largado essa bugiganga de lado e comprado um mouse ótico de 10 reais made in China no hiper-mercado mais próximo. O problema é que, se todo mundo pensar assim, o País vai ficar sempre dependendo de exportações de soja plantadas por destruidores da Amazônia para compensar as importações na Balança Comercial. Além disso, os recursos utilizados na fabricação de um mouse (principalmente, petróleo, pra fazer o plástico e pra trazer o mouse da China de navio até aqui) não são renováveis, traduzindo num futuro mais sombrio e pior para nossos filhos.
Claro, não foi por nenhuma destas excelentes razões que me debrucei diante do pequeno quebra-cabeças de tecnologia obsoleta. Apenas gosto de desafios, melhor ainda se não tiver nenhuma importância. Montar o mouse, só com a bolinha e os 2 botões no lugar, qualquer chimpanzé amestrado é capaz. Mas o "scroll wheel", isso é, aquela rodelinha giratória no meio dos botões - meu mouse não é tão obsoleto assim - tem que ficar preso às tais molinhas e a uma pecinha de plástico cujo encaixe também demorei a descobrir qual era. Procurei até na internet alguma orientação pra remontar a bagaça, num momento de fraqueza, mas tudo que obtive foi alguns "manuais de limpeza de mouse para loiras".
Acreditem ou não, ver meu mouse remontado, limpo, em perfeito funcionamento, e o fato de ter conseguido isso sem nenhuma ajuda externa, garantiu a felicidade do meu feriado de quarta-feira.

Bertold Brecht


O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
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Bertolt Brecht (1898-1956). Dramaturgo e poeta alemão. Revolucionou o teatro com peças que visavam estimular o senso crítico e a consciência política do espectador. Brecht foi um dos nomes mais influentes do teatro do século XX.

terça-feira, novembro 14, 2006

Não leiam

Nunca achei que eu me tornaria um maníaco depressivo que vive de ilusões concientes.
A mente é engraçada, mas quando você pensa que é o mais forte, o mais preparado, o mais seguro, vem uma bomba e acaba com você!
Estou melhor nessa semana, mas ainda tô colocando muita minhoca na minha cabeça!
I NEED HELP!
Mas não façam nada por mim, a ajuda que eu preciso é de mim mesmo!
Dei ALOKA geral agora: tópico nada a ver!
Se você está lendo achando que o título era só pra aguçar a curiosidade, bem, você errou. Disse pra não ler porque, realmente, é perda de tempo, afinal, isso aqui é só um desabafo comigo mesmo!
Por isso que eu digo:
_ACREDITE EM MIM!

domingo, novembro 12, 2006

Uso prático do direito da ignorância

Primeiro, foi o "Animal Marinho" que se defendeu com dedo em riste e sua frase memorável: eu não sabia de nada. O resultado, todo mundo sabe, foi uma compensação: sua reeleição, sua absolvição pública. Ponto.

Agora, a Polícia Federal, outra de nossas instituições, segue o exemplo presidencial e clama sua inocência com o cândido "eu não sabia", este poderoso trunfo argumentativo. Fim de caso.

Eu acho que nós, brasileiros, temos o dever cívico de seguir o exemplo de nossas instituições. Mais: devemos exigir o mesmo direito que elas têm em não saber de nada. Imaginemos o mundo maravilhoso de uma democracia onde todos têm direitos e deveres iguais, principalmente o de ignorar fatos que, teoricamente, seriam de nossa responsabilidade.

Para entender concretamente este ideal, vamos ilustrá-lo com a proposta "Uso prático da ignorância durante o vestibular", descrita abaixo.

A partir do ano que vem, os exames do Enem e de todas as universidades brasileiras deverão incluir em suas questões de múltipla escolha a opção "f) Eu não sei". Aquele que responder determinada questão utilizando este recurso deverá, por lei, ser perdoado de sua ignorância, e mais, caso o candidato responda todas as questões com "f) Eu não sei", devera receber clemência máxima do júri, obter o título "gabaritou", com direito a entrevista na televisão e medalha de honra ao mérito entregue pelo reitor da faculdade.

Sendo assim, proponho aos milhares de estudantes do Brasil que sigam a lógica de nossas instituições e façam uma greve geral pelo direito de não saber. Mais: que reivindiquem que a ignorância (sincera) deixe de ser punida e, ao invés disso, passe a ser premiada de todas as formas possíveis. Caso a professora pergunte, por exemplo, "quantos escândalos de corrupção o governo federal atravessou nos últimos três anos?", o primeiro aluno que levantar a mão para responder orgulhosamente "eu não sei!", devera ganhar um ponto a mais na média.

Além deste exemplo do vestibular, o mesmo princípio deveria ser aplicado no mundo empresarial. Imaginemos a situação hipotética: o funcionário (que entrou pra faculdade por ter gabaritado o exame utilizando o recurso "f) Eu não sei") faz uma manipulação enganosa ou toma uma decisão incorreta. O patrão enfurecido invade a sala do funcionário vociferando o erro. O funcionário, acuado, procura em todos os cantos de sua memória uma resposta pertinente a dar ao patrão furioso. Num momento de luz, lembra-se do magnífico exemplo de compaixão vivido pelo "Animal Marinho" e diz com voz embaraçada a expressão mágica: "eu não sabia". Neste instante, o patrão enraivecido é imediatamente sensibilizado pelo problema do funcionário, e a fúria em seus olhos é lentamente substituída por um profundo sentimento de fraternidade. Tocado e inspirado pela ignorância de seu funcionário, o chefe convoca uma reunião extraordinária. Num longo discurso, ele explica o caso a toda equipe. E conclui: "ele não sabia e, por isso, merece uma compensação, quem sabe até um aumento de salário. Entendam, este é o tipo de comportamento que espero de vocês. O exemplo deste funcionário deve ser seguido por todos." Toda a equipe, emocionada com discurso do patrão, o felicita com uma longa salva de palmas, fortes abraços, generosos apertos de mão. E todos viveram felizes para sempre. Inclusive o funcionário, que sabendo-se responsável pelo erro, pôde respirar aliviado por ter dito a frase certa, no momento certo.

quarta-feira, agosto 16, 2006

A Sociedade da Mentruação Auditiva

Será que em uma faculdade o método de ensino deve ser o mesmo que numa escola de ensino médio ou fundamental? Sempre pensei que não, mas foi numa aula de segunda-feira quando tive minhas dúvidas... É que na aula de Estrutura e Funcionamento da Educação a minha professora, Maria Alessandra, entrou em conflito com suas próprias palavras. A aula estava sendo desenvolvida de acordo com o que os alunos liam a respeito de tópicos que ela tinha passado aula passada. Ela abriu para outros alunos complementarem e falarem a respeito dos tópicos. Como já fiz Relações Internacionais e os tópicos tinham tudo a ver com o curso, decidi complementar já que a menina que falava na hora pesquisou muito pouco, deixou o conceito muito superficial. A prof. tentando encobrir o erro da aluna falou que o exercício pedido não precisava de conceitos muito aprofundados, que ela queria algo mais rápido, mais superficial. Sabendo disso me calei nos seguintes tópicos quando essa querida professora, do nada, sem mais nem menos, começa a falar de um distúrbio que algumas pessoas tem e que começam a menstruar pela orelha. Ah! Já ia me esquecendo. Além de não ter nada a ver com o assunto que era Sociedade, ela ainda disse algumas gafes, por exemplo, que na menstruação as mulheres sangram. Pra todo mundo que já passou pela 8ª serie sabe que na verdade é a descamação do endométrio. Enfim, mesmo se ela tivesse explicado corretamente ela não tinha razão de ficar 35 minutos nessa delonga. Ao final de toda a histótia decidi levantar a mão e reclamar, afinal, não estou fazendo medicina e muito menos medicina de araque. Ela falou que o assunto gerou polêmica na sala e que os alunos estavam intreditos e que isso era importante para o desenvolvimento das idéias. Gente, me desculpem se estou errado, mas se ela quer intreter, que chame o circo!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Acredite se quiser!

Apatenerment, a oedrm das ltreas em uma pavalra não imtopra. A úicna csoia imtporante é que a preirmia e últmtia ltera esatjem nos lugraes ceorts. O retso pdoe esatr em toatl desdorem que adina asism vcoë consreguisá ler sem plombrea. Itso ocrore poqrue a mnete huamna não lê cdaa ltera isdoaalmente, mas a pavalra cmoo um tdoo.

terça-feira, julho 18, 2006

Pós-filme

Falta de criatividade: acabei de assistir "Chicago" na televisão. O filme é ótimo, um musical de primeira! Só não gosto do nome. Muito sem criarividade. Só porque se passa em chicago! Ainda bem que os outros filmes não são assim... Imaginem o tanto de "New York Citys" ia ter?!?!

sexta-feira, julho 14, 2006

Ação sem reação

É!
Quando agem, não reajo.
Quando ajo, não reagem.
Jotas e gês de confusão; é culpa do contexto:
> longe de mais da metade da minha família,
> do meu amor que está de férias,
> do ballet que também está de férias,
> sem dinheiro (e individado),
> sem celular,
> cheio de dúvidas,
> com garganta doendo,
> com planos tendo que ser adiados,...
PENSAMENTO A PARTE:
Como se diz na internet, sou um "FDP"! Mas o sou honesto!
Quando me perguntam sempre respondo a verdade, e as vezes a verdade dói. Por isso omito. Na minha concepção omitir não é errado, e acho que não sou só eu que pensa sim, certo?

Voltando...
O maior duelo da minha cabeça:
> Faço ou não ballet com o Serguey?
Fatores a favor:
Minha técnica vai se ampliar, farei amigos novos, é mais perto da minha avó, poderei fazer todos os dias a tarde toda e terei mais chances profissionais.
Fatores contra:
Vou deixar de fazer aula com minha atual professora que eu amo e com minhas amigas que adoro demais, a academia é longe da faculdade (vou gastar mais passagens de bus), vou ter de deixar o projeto que coordeno na faculdade ou senão remanejar o horário para a noite e eu não intendo metade do que o Serguey fala (ele ainda não fala português muito bem).
E agora Jesus, Maria e José? Manda uma luz!

segunda-feira, julho 10, 2006

Férias

Enfim, férias.

Um dia eu ouvi que artista não trabalha... Bem, só nas férias! Mas como eu não sou só artista, tô pegando meu tempo e esfregando no trabalho enquanto penso nas decsões que terei de tomar...
Deveria eu fazer aula com o Serguey e com a Nadedja? Dois bailarinos russos...
Deveria eu me doar tanto em prol de um projeto da faculdade cujo não estou ganhando nada em troca?
Certa vez ouvi que "bailarinos, artistas e músicos não tem lugar no céu". Bem, como eu vou ganhar na mega sena, e como ouvi da mesma pessoa que "o dinheiro compra qualquer coisa", eu compro uma vaguinha no céu!
Somente uma perguntinha a mais...
Deveria eu fazer desse blog, um diário pessoal? Que tal mesclar tudo... Fazer um saladão de textos cultos e bobageira reifouziana?
Abaixo um video da minha apresentação, gravado pelo irmão da minha amiga... Não é profissional, mas pra quem não foi tá bom demais!

segunda-feira, junho 26, 2006

Entrando no clima...

Vou dançar...
Passarei essa semana ensaiando!

Dias: 1 e 2 de julho de 2006

ESPETÁCULO: SINTONIA (FRAGMENTOS) + MUSICAIS

R$ 40 OU R$ 20 + 1Kg alimento (inteira)
R$ 20 (meia, mostrar carteirinha)

TEATRO NACIONAL - SALA MARTINS PENA (Brasília)

No video abaixo:
GRAND PAS DE DEUX FROM DON QUIXOTE (coreografia: Marius Petipa)
Paloma Herrera
Angel Corella

sexta-feira, junho 23, 2006

Fumaça e Som

Sempre que eu escuto Is it wicked not to care?, do Belle and Sebastian, eu penso que eu deveria ter nascido uns dez anos antes, para ter ido ao Free Jazz Festival ter visto a (segunda) vocalista do grupo, Sarah Wilson, cantando Baby, do Caetano Velloso, num português afiadíssimo (dizem). Aí eu fico chateado e penso: esse país é uma merda!
O que tem a ver? Acabaram com o Free Jazz? O meu sonho, desde muito novo era ir no Free Jazz. Todo ano, uma vez por ano, entrava aquela musiquinha no ar, anunciando as atrações que viriam a São Paulo. Era o fino da música. Até o nome era bonito: FREE JAZZ FESTIVAL.
Até que o brasileiro incorporou a mania da geração saúde. E começou todo mundo a fazer musculação, e parou de comer fritura e doce, e tomar suco com clorofila, comer granola e açaí e tatuar letra japonesa no braço. Fumar? Não pode! E já que não pode, vamos acabar com a propaganda tabagista.
Antes de mais nada, fique claro: eu não fumo. Quem quiser fumar, fuma. Se um dia eu quiser fumar, não vai ser porque uma marca ou outra chegou e falou fuma!.
Continuando... Virou moda ser santo e a legal era fazer propaganda anti-tabagista. Aí a Fórmula Um aqui quase vai para o saco por causa da propaganda: quem vai bancar a corrida?
Bancada a corrida (nos trâmites legais), vamos continuar decepando tudo que tem propaganda de cigarro!
Marlboro Adventure Team? NÃÃÃÃO!
Free Jazz Festival? NÃÃÃO!
Não? Vai acabar? Mas é tão legal! E não precisa ser esperto como eu pra saber que Free não era o mais fumado lá. Não acabem com o Free Jazz!
Oba! Você viu no jornal? Disseram que o Free Jazz só vai mudar de nome! Agora chama TIM Festival! Continua com suas bandas indies e com poucas jazz bands!
Acabaram com tudo, pintaram tudo de cinza... E terça-feira feira eu vi um moleque de uns doze anos fumando na rua. Será que ele lembra do Free Jazz e do Hollywood Rock? O Brasil continua fumando, e os DJs Marky da vida continuam por aí, com festa onde o povo não fuma Free.
Quero ver quando proibirem os patrocínios de bebidas alcólicas, de empresas de telefonia, de portais de internet e do caralho!
Quero só ver quem vem tocar no MSF (Ministério da Saúde Festival).

quinta-feira, junho 22, 2006

Ninando

"Boi, boi, boi, boi da cara preta,
Pega essa menina que tem medo de careta..."
???...
Como explicar para uma criança inocente que a música é uma ameaça?!? Algo como "dorme logo, senão o boi vem te comer"!
Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma música que incita um bovino a pegar uma menina inocente?
Então, comecei a pensar em outras canções infantis, pois não me sinto bem ameaçando, toda noite, uma criança com um temível boi...
Que tal, "nana neném que a cuca vem pegar"?...
Caramba!... Outra ameaça! Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto!
Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore brasileiro (que fosse positiva), e de uma longa reflexão, descobri toda a origem dos problemas do Brasil.
O problema do Brasil é que a sua população em geral tem uma auto-estima muito baixa.
Isso faz com que os brasileiros se sintam sempre inferiores e ameaçados, passivos o suficiente para aceitarqualquer tipo de extorsão e exploração, seja interna ou externa.
Por que isso acontece? Trauma de infância!!! Trauma causado pelas canções da infância!!!
Vou explicar: nós somos ameaçados, amedrontados e encaramos tragédias desde o berço! Por isso levamos tanta porrada da vida e ficamos quietos. Exemplificarei minha tese:
Atirei o pau no gato-to-to
Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
Dona Chica-Ca-Ca admirou-se-se
Do berrô, do berrô que o gato deu
Miaaau!

segunda-feira, junho 05, 2006

Sei que não sei...

Ultimamente ando cheio de problemas... Para a escrita preciso de tempo e tranquilidade. Como nao sei quando terei essas condições, não sei qual será o próximo artigo. Abraços pros que comentam, sorte pros que lêem meus textos até o final e um aceno pros que entram.

quarta-feira, maio 17, 2006

Molhando a Mão de Quem te Morde

Quase todos os dias, no que gostamos de chamar de sociedade urbana, somos assaltados. É só um assalto sem gravidade, geralmente sem o emprego de violência física, e perfeitamente legal. Mas não deixa de ser assalto. Uma mão exigente e vazia é estendida para nós e colocamos o dinheiro nela. Sou de total apoio à campanha que São Paulo está fazendo contra as gorjetas. De todos os hábitos aprazíveis que o progresso e riqueza deturparam, um dos mais prejudicados foi a gorjeta. O que se costuma ser um bônus ocasional para premiar um zelo e uma atenção especiais transformou-se numa obrigação permanente e incômoda, uma forma de chantagem que é praticada em graus variados, desde a lanchonete até o restaurante quatro estrelas, com inúmeras paradas no caminho. A origem da palavra é interessante e reveladora. De acordo com o "Oxford English Dictionary", a palara "tip" (gorjeta) provavelmente assumiu o seu significado atual no século XVII, como parte do que o dicionário descreve com admirável precisão como "gíria de malandro". De uma forma ou de outra - talvez a passagem de um ou dois séculos tenha ajudado - a palavra se tornou respeitável e o ato de dar gorjetas inevitável. Hoje-em-dia, os abutres da gorjeta estão por toda parte. Na França, por exemplo, um homem que entra em um toalete público para se aliviar dá de cara com uma mulherona de bigode olhando para ele de cara amarrada. Defronte dela tem um pires, com algumas moedas sugestivamente espalhadas. Se ele não contribuir para aumentar a coleção, ouvirá alguns palavrões murmurados e possivelmente receberá um piparote com um pano molhado. Na França você tem que pagar pelo seu pipi, mas aqui, no Brasil, não ficamos muito atrás não... O pires vira uma caixinha de papelão revestida com papel de presente usado e a mulherona, vira um senhor idoso, de barba branca, quase morrendo, ou senão uma menina na faixa dos 16 anos, com uma penca de crianças no colo... E acreditem! São todos filhos dela! Eu freqüentemente me pergunto por que será que a maioria de nós está disposta a pagar uma sobretaxa além do que já pagou pela comida, bebida ou serviços. O que causa a nossa infinita generosiddae com relação a pessoas geralmente rabugentas e negligentes? Esta não pode ser a razão original para se dar gorjetas, que surgiram para recompensar serviços acima e além do dever. Será que queremos ser apreciados pela Máfia, que ficamos contentes em pagar um bom dinheiro pelo esgar de dois segundos que passa por um sorriso? Ou somos apenas benevolentes que se deliciam em ajudar os menos afortunados ao entregar-lhes bem dobradinho um pouco de leite da bondade humana? Não, definitivamente não! Bondade não tem nada a ver com isto. Nós damos gorjetas porque sentimos, por um motivo ou por outro, que temos que fazê-lo - que se não fizermos, sofreremos um vexame ou coisa pior, e que teremos que pagar por não pagar.

quinta-feira, maio 11, 2006

Perguntas Pornográficas

Por que surgiu uma pornografia para mulheres, isto é, os corpos masculinos nus, genitais imensos e erectos, sorriso provocativo nos lábios? Há ou não uma ambigüidade nessa pornografia? Isto é, admite que as mulheres tenham desejos sexuais, mas procura canalizá-los para a direção "certa": os homens?Por que, na porografia para homossexuais femininos e masculinos, se repetem os padrões da pornografia heterossexual? Os "ativos" nas poses "sádicas", os "passivos" , nas masoquistas?Por que, nas várias pornografia, repete-se a mesma exigência sexual-social, isto é, que as mulheres sejam jovens (mais novas do que os homens) e os homens sejam adultos ou maduros (mais velhos do que as mulheres)? Isto é, por que, na suposta transgressão, a rejeição da norma: mulher-jovem-dependente (na pornografia, a ninfeta) e homem-adulto-realizado profissionalmente-protetor? Por que a suposta transgressão repete a condenação que pesa sobre mulheres cujos parceiros são mais jovens e conserva o elogio dos homens que conseguem parceiras mais jovens, sinal de virilidade inesgotável? Enfim, por que a especialização na própria pornografia?

Sommeil Hivernal

La nuit d'hiver agite un tapis blanc,
dors, petit grain, sous terre, calmement,

dors, car là-haut, l'ouragan qui tout casse,
fait résonner ses trompettes de glace.

Tu ne dois pas pleurer le bel été
ni lés grands champs à chevelure dorée,

ta tige verte qui était si fraîche
est un glaçon sous le froid qui la çèche.

Dors dans la nuit et dans la soulitude
en attendant le tiède vent du sud.

Tu pourras voir comment s'envoleront
comme des fous, oiseaux et papillons,

comment l'été sur on cheval de feu,
viendra encore nous rendre tous heureux.

terça-feira, maio 02, 2006

Liberdade

"Uma pessoa pertence unicamente a si mesma. Ela é um ser livre com o direito inalienável de autodeterminação." (Elizabeth Haich)

Nascemos livres. Entretanto, a sociedade e nós mesmos criamos mil cadeias para nós. Mas, dentro de nós, dependendo de nossa própria vontade, podemos ser livres, mesmo que aprisionados por guilhões. Se a liberdade é uma ânsia tão profunda de nosso ser, ela não significa, como tantos pensam, fazer qualquer coisa, como, quando e onde se quiser. Isto tem outro nome: licenciosidade. A liberdade liga-se ao poder de decisão, de escolha. Este é o bem precioso que não conseguimos admitir que alguém nos tire. Todos temos um projeto fundamental de vida. E queremos ser livres para realizá-lo. E é na sua execução que exercitamos a liberdade porque o caminho sempre terá percalços, encruzilhadas, nos obrigará a renúncias, enfim, nos dará mil oportunidades de decidir o que fazer para perseguir o ideal.

Entre palavras e tabus sexuais

Tanto movimentos feministas, homossexuais, negros, quanto trabalhos de antropófagos, historiadores, pscicólogos, além de tentativas diversas no campo da educação sexual têm contribuído para a compreensão das formas visíveis e invisíveis da repressão sexual, com suas componentes racistas e classistas, formando intricada rede de idéias, práticas e instituições, sustentadas por um imaginário social contraditório onde se cruzam e se entrecruzam sem cessar a crença na espontaneidade sensual do povo brasileiro, o conservadorismo e a confiança na modernidade científica. Datado do fim do período áureo da boemia carioca, o Dicionário Moderno apresenta frases feitas e vocábulos gírios que contêm a idéia de injúria ou blasfêmia (os palavrões), os que se referem a tabus sexuais através de imagens populares, os que aludem aos órgãos genitais masculinos e femininos como grosseiros, os que referem diretamente a atos sexuais em aspectos degradantes ou viciosos e os que aludem a contextos também considerados grosseiros, degradantes ou viciosos. Vão constituir a gíria sexual ou erótica e, detalhe interessante, muitas vezes as palavras já pertenciam à gíria, mas sem conotação sexual, passando para a "linguagem proibida" ao receberem a conotação sexual. É o que ocorre, por exemplo, coma palavra cacete, na gíria comum significando maçante, na erótica, pênis. Ou com a palvra bolacha, anteriormente significando bofetada e, na gíria erótica, nádegas. Grude que, de comida e namora, passa a esperma. Lata que, de rosto e ser recusado, passa a ânus. A passagem de um contexto para o outro se dá por referência figurada aos atos e órgãos sexuais, ou à vida amorosa, ou a linguagem de grupos fechados ou à fala na prostituição. Fogosa é excitada; espirro é aborto; zé pereira, gravidez; canhão, mulher velha e feia; menelau, marido enganado; mina, prostituta que depois veio a ser garota bonita; tipógrafo, o cafetão; zona, o local do meretrício...

segunda-feira, maio 01, 2006

Minhas teses...

Teoria 1 Quando você estiver entre amigos e alguém desconhecido te interessar, independente se você é homem ou mulher, saia do círculo de amigos e fixe o olhar pra essa pessoa e certifique-se que ela sabe que você não para de olhar pra ela(e). Caso a pessoa sair do círculo de amigos se prepare, você acaba de conseguir muitos beijos e, talvez, um(a) namorado(a), ou na pior das hipóteses, você levará um "fora" imenso do tipo: "_Dá pra parar de me olhar?"
Teoria 2 Faça o que seu coração mandar. É melhor quebrar a cara, fazer uma coisa ridícula, se arrepender por ter feito do que arrepender o que não tenha feito!
Teoria 3 Nem sempre você consegue arrumar alguém para pagar sua saída de lugares fechados, ou seja, não entre numa boite ou estabelecimento que cobra na saída sem dinheiro! Você pode pagar um mico! P.S. Se quiser se aventurar, essa é uma boa maneira! A recompensa pode ser muito boa... Ou não!
Teoria 4 Fotos mostradas na internet mostram somente as melhores partes das pessoas. Com excessão de mim, ninguém mostra as fotos paga mico, as fotos feias e companhia, ou seja, como já dizia o conhecido ditado: "as aparências enganam" e as fotos escondem a feiura!
Teoria 5 Vá em um bar antes de ir em uma boite. Você tem grandes chances de conhecer pessoas e mais pessoas, você vai chegar na boite mais tarde que a maioria (o que demonstra um certo grau de maturidade), você vai aproveitar o que tem de melhor no bar (que é beber) e na boite (que é curtir e dançar). Beber em boites sempre fica mais caro, bares foram feitos pra essa finalidade!
Teoria 6 Num relacionamento, seja amizade, seja namoro, seja casamento, não se pode ter diferenças de beleza! Todos sabemos o quão somos bonitos. Não procure alguém mais bonito, meninas(os) mais bonitas(os) são difíceis de se administrar, recebem muitas cantadas, raramente tem o tempo que você precisa. Não procurem alguém mais feio. Os feios sentem ciúmes e você vai ser acusado por coisas que não fez.
Teoria 7 Quem acredita que beleza interior é tudo, é feio exterior!
Teoria 8 Sexo é importante, essencial, mas não precisa ser feito no primeiro dia que a pessoa se conhece! Guarde sua intimidade. Deixe o sexo pra quando ficar mais íntimo. Banalidade se encontra nas ruas. Se for sexo por sexo não perca tempo numa boite, vá ao puteiro! Sai mais barato e terá mais prazer!
Teoria 9 Relacionamentos a distância não dão certo! A menos que alguém seja rico(a) e possa viajar pelo menos 1 vez por semana pra se encontrar ou se a pessoa tem pretensões de se mudar num futuro próximo, sanão esse relacionamento só trará dor (experiência prórpia).
Teoria 10 Não diga "eu te amo". Primeiro que está gramaticalmente errado, o certo é: "amo-te", segundo que quem fala isso não ama de verdade. O amor se mostra, é visto, é incoerente, a transformação dele em palavras o torna fulo, fútil, incerto.
Teoria 11 Não espere. Esperar desespera a esperança. Pessoas que esperam perdem para aqueles que não esperam.
Teoria 12 Só dedique músicas para as amizades. Namoros, ficadas, noivados e casamentos não merecem um música de recordação, afinal, sempre tocará no momento mais inexperado e mais sofrido da sua vida. Você só tem a perder com músicas dedicadas ao amor, afinal, amigo verdadeiro não se perde, enquanto o amor tem pernas e as vezes anda de um coração pro outro.
Teoria 13 Não subestime as amizades criadas pela internet. Essas amizades podem te ajudar muito!
Teoria 14 Beba manga com leite! Não faz mal nenhum segundo uns antas que acreditam que é tóxico essa mistura e além do mais é ótimo, uma delícia nos dias de calor!
Teoria 15 Tente não beber cerveja num bar onde vende chop. Você irá mostrar certa superioridade, além de apreciar uma bebida mais nobre que a cerveja. Além do mais o chop, apesar de ser mais calórico, não deixa as pessoas tão flácidas como a cerveja. Não se engane com a expressão: "barriga de chop"... A cerveja dá muito mais barriga! (P.S. Se você quiser arrasar, não beba nem cerveja nem chop, beba Cosmopolitan como eu! É chique, é gostoso, é tudo de bom!)
Teoria 16 Bloqueia as pessoas indesejáveis que não conhece no MSN! Primeiro porque o MSN permite, segundo porque nos casos de falta de paciência, não é bom perder tempo com pessoas que não intendem que no momento você não quer conversa e acaba levando pro pessoal. Mesmo se você conhecer a pessoa bloqueie-a, afinal, se não fizer isso pode acabar acarretando numa briga feia.
Teoria 17 Se quiser deixar alguém com raiva, não brigue com ela. Brigando você dá esperança pra pessoa de reatar. Simplesmente ignore. Finja que a pessoa não existe e deixe bem claro que você não quer nenhum contato com ela.
Teoria 18 Não minta sua aparência na internet, afinal, não adianta mentir se na vida real se você é ume esculacho! Pra que mentir se assim você nunca poderá encontrar com a pessoa? É melhor assumir a feiura...
Teoria 19 Sempre leve camisinha, seja você homem ou mulher, para qualquer lugar que você vá depois das 10h da noite, afinal, sempre da preguiça de ir comprar quando você se vê numa situação em que precisará de uma e acaba fazendo merda.
Teoria 20 Procure ter, pelo menos, 1 inimigo. Se não tivesse o mal não existiria o bem.

Contrariando Sócrates

Segundo Sócrates: "é pior cometer uma injustiça do que sofrê-la, porque quem a comete transforma-se num injusto e quem a sofre não."Bem, não concordo muito... Dependendo da injustiça é melhor cometê-la, como por exemplo um julgamento de pena de morte de uma pessoa inocente. Prefiro muito mais ser o juíz que aplicou essa pena do que ser a pessoa. Muito melhor ser chamado de injusto do que ser chamado de defunto!

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Tempo de refletir

Estava eu lendo meu jornal matinal quando me deparei com bombas atômicas, charges de Maomé, desentendimentos entre presidentes, enfim, problemas entre países. Ao mesmo tempo que relembrava minhas aulas de História das Relações internacionais, fiquei me perguntando com nós, cidadãos, somos trouxas, ridículos e inocentes...Tantas guerras já aconteceram...Nós temos nossa cultura, os outros têm as deles... Se não gosto de Maomé, pronto e acabou! Eles DEVIAM aceitar, afinal, se não vou pro céu é uma escolha minha. Se ele acha errado, então ele que não faça charges de Maomé! Se o presidente Venezuelano não gosta da nação americana, que ele não comece uma guerra e mate centenas de pessoas inocentes! Chega de morrer por outras pessoas que nem sabem que existimos! Já repararam que as guerras defendem idéias de pessoas individuais e nunca de uma nação? Até quando o objetivo é ganhar um território, a nação acaba se sacrificando atoa. O território ganho (se ganhar) não será de determinada nação, afinal, não se muda a cultura de um lugar da noite pro dia, e se mudar, continuará resquícios da cultura anterior. Outra coisa, depois disso haverá umd esgaste enorme e possíveis guerras posteiores tentando retomar... Sei que é difícil, sei da teoria/história da torre de Babel, mas poderíamos juntar as mãos e tentar construir um mundo de todos, com línguas diferentes, culturas diferentes mas de respeito mútuo! Sei que é Utopia, mas sonhar não custa nada...

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Entre Remédios e Comidas

O FDA, órgão do governo americano, está alertando consumidores americanos a não usar dois remédios para emagrecimento importados do Brasil. Segundo o FDA, embora sejam vendidos como suplemento dietético, eles contêm substâncias de uso controlado, como antidepressivo e anfetamina. Um deles é o Emagrece Sim, também conhecido como pílula de emagrecimento brasileira, e o outro o Herbathin. De acordo com o órgão federal, os dois produtos contém substâncias controladas, que podem causar sérios efeitos colaterais.
Todas as substâncias são colocadas na bula, bem como os efeitos colaterais e precauções. Quem tem que classificar a periculosidade do remédio, por lei, é o país onde é vendido.
Não entendo o porquê de todo esse fusuê já que se não fosse essa cultura de fast foods, sedentarismo e obesidade dos americanos, que fazem muito mais mal à saúde,nem precisariam de ajuda de remédios brasileiros.
Vejo isso como uma grande facada nas costas! Primeiro importam, não o classificam como querem, denominam-os como remédios brasileiros colocando-nos como se fossemos os responsáveis e depois os rebaixa e dita-os como o mal de grandes contravenções! Queria ver se algum órgão brasileiro, seja o mais baixo que fosse, colocasse uma mínima propaganda falando do Mc Donald's ou do Burguer King falando da sua periculosidade!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Para os casados...

Em verdade, o conceito de haver uma lua-de-mel e, depois, o resto, a vida monótona a se repetir e, quiçá, só a cansar, a enfarar - é um conceito assassino do melhor espírito do matrimônio.
O ajuste cultural ajudará sepre a manutenção do impulso amoroso, em sua tônica sexual. Todos sabem, e repetem, que "le bon lit fait le bon mariage". Sem essa base de relação sexual satisfatória e de tom emocional pleno, não haverá casamento. Mas se ficar só nisso, outrossim, confundir-se-á a união matrimonial com qualquer outra união eventual em que o homem e mulher venham a fruir de intensa satisfação, sem outro contexto.
O que faz um casamento contituir-se como bom, há de ser, a partir do romântico enlace amoroso, de plena satisfação sexual - também aqeul'outro componente de um harmônico conviver integrado, ao qual servirá o condimento de um bom intendimento cultural.
E assim, e em súmula, busque-se no casamento a satisfação sexual. Mas procure-se, concomitamente, que essa satisfação sexual não esmoreça e se nulifique - após a fantasiosa lua-de-mel - volvendo-se em modorra enfadonha, a pejar-se de tédio e desencanto. Esse será o fim de um casamento que só partiu de uma atração dos sentidos, à procura de satisfação genésica, como tudo, e só, o que havia em seu horizonte.