sexta-feira, novembro 17, 2006

Meu pequeno triunfo

Meu mouse (que ainda é aquele com uma bolinha dentro, velha guarda) começou a agir por conta própria e tomei a decisão de, pela primeira vez na vida, abrí-lo para uma limpeza mais profunda.
Aviso: NÃO TENTEM FAZER ISTO EM CASA!
Após retirar o parafuso com uma chave-de-fenda - obrigado, mamãe, agora não preciso ficar usando facas de manteiga e cabos de colherzinha - o bicho desmontou-se totalmente em minhas mãos. Entre as peças, duas minúsculas molinhas, que me deram uma surra durante 2 horas tentando descobrir de onde vieram.
A maioria das pessoas normais teria simplesmente largado essa bugiganga de lado e comprado um mouse ótico de 10 reais made in China no hiper-mercado mais próximo. O problema é que, se todo mundo pensar assim, o País vai ficar sempre dependendo de exportações de soja plantadas por destruidores da Amazônia para compensar as importações na Balança Comercial. Além disso, os recursos utilizados na fabricação de um mouse (principalmente, petróleo, pra fazer o plástico e pra trazer o mouse da China de navio até aqui) não são renováveis, traduzindo num futuro mais sombrio e pior para nossos filhos.
Claro, não foi por nenhuma destas excelentes razões que me debrucei diante do pequeno quebra-cabeças de tecnologia obsoleta. Apenas gosto de desafios, melhor ainda se não tiver nenhuma importância. Montar o mouse, só com a bolinha e os 2 botões no lugar, qualquer chimpanzé amestrado é capaz. Mas o "scroll wheel", isso é, aquela rodelinha giratória no meio dos botões - meu mouse não é tão obsoleto assim - tem que ficar preso às tais molinhas e a uma pecinha de plástico cujo encaixe também demorei a descobrir qual era. Procurei até na internet alguma orientação pra remontar a bagaça, num momento de fraqueza, mas tudo que obtive foi alguns "manuais de limpeza de mouse para loiras".
Acreditem ou não, ver meu mouse remontado, limpo, em perfeito funcionamento, e o fato de ter conseguido isso sem nenhuma ajuda externa, garantiu a felicidade do meu feriado de quarta-feira.

Um comentário:

Sheila Campos disse...

Estou impressionada! De verdade! Achei que só eu ficasse "neurótica" com reciclagem de objetos e em evitar compras desnecessárias, preocupada com o lixo do planeta e com os recursos futuros, e etc... Gostei também da questão do "desafio pessoal". Su-pe-ra-ção. A despeito da importância que o mouse tivesse ou não, decidir-se a resolver o quebra-cabeças e conseguir fazê-lo fez-me refletir sobre algumas pendências de minha vida!... Mil beijos, lolito!